Vendas de veículos têm melhor desempenho desde 2014

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País – As vendas de veículos automotores mantiveram em agosto o ritmo de crescimento e registram, em 2025, o melhor desempenho desde 2014. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No mês passado, foram emplacados 431.079 veículos, com destaque para motocicletas (185.454) e automóveis leves (172.280). De janeiro a agosto, o setor acumulou 3.229.726 unidades vendidas, o que representa alta de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Diante do resultado, a Fenabrave manteve a projeção de crescimento de 6,2% para o fechamento do ano.

Apesar do avanço, agosto apresentou queda de 5,9% nas vendas em relação a julho, reflexo de dois dias úteis a menos no calendário. Ainda assim, a média diária de emplacamentos cresceu de 19.914 unidades em julho para 20.527 em agosto.

As projeções da entidade indicam alta de 10% nas vendas de motocicletas em 2025. Já os caminhões devem registrar retração de 7%. A previsão para automóveis leves e utilitários segue em expansão de 5%, enquanto o segmento de ônibus deve crescer 6%.

De acordo com a federação, os juros elevados para o crédito seguem como fator de restrição, especialmente para caminhões e para a renovação de frota de veículos leves. A exceção é o mercado de eletrificados, que mantém ritmo acelerado. Foram cerca de 120 mil unidades de híbridos vendidas ao ano, número 85% maior do que em agosto de 2024. No acumulado, o avanço foi de 74,97%. Já os veículos totalmente elétricos devem alcançar 45 mil unidades neste ano, crescimento de 10,11% frente a 2024.

A retração nas vendas de caminhões está ligada, segundo a Fenabrave, à desaceleração do agronegócio. Em contrapartida, houve aumento expressivo na comercialização de máquinas agrícolas: as vendas de colheitadeiras cresceram 19,2% e as de tratores, 14,7% nos oito primeiros meses do ano, impulsionadas também por recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Importante observar que o crescimento do mercado está concentrado na região Centro-Oeste, mais impactada [pela seca] em 2024, mas que, neste ano, acumula crescimento de 71,4%, enquanto a região Sul cresce apenas 5%, e as demais regiões estão em retração”, destacou o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior. Com informações da Agência Brasil.

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