Taxa de Turismo Sustentável divide opiniões em Angra

Munidos de cartazes, os participantes pediram mais diálogo e ajustes no projeto – Foto: Reprodução Redes Sociais

Costa Verde – Trabalhadores e empresários do turismo da Ilha Grande realizaram uma manifestação pacífica no cais de Santa Luzia, em Angra dos Reis, para protestar contra a criação da Taxa de Turismo Sustentável, aprovada pela Câmara de Vereadores. O ato realizado na manhã desta quarta-feira (1°) foi marcado por cartazes e reivindicações, refletiu as preocupações do setor com os impactos da nova cobrança, que começará a valer em 2026.

O protesto teve como objetivo chamar atenção para a recente aprovação da Taxa de Turismo Sustentável (TTS) e do Sistema Digital de Turismo (SDT), aprovados pela Câmara Municipal e que agora aguardam sanção do Executivo.

Munidos de cartazes, os participantes pediram mais diálogo e ajustes no projeto, alegando que comunidades tradicionais e profissionais do setor podem ser impactados pela cobrança. Durante a votação, no plenário da Casa Legislativa, os manifestantes também acompanharam de perto a discussão. O texto foi aprovado com maioria expressiva: nove votos favoráveis e três contrários.

Segundo a Prefeitura, a TTS tem como meta modernizar a gestão do turismo e gerar recursos para compensar os impactos ambientais da atividade, além de investir em infraestrutura. A cobrança será proporcional ao tempo de permanência dos visitantes e começará a valer em janeiro de 2026, com desconto de 50% no primeiro ano.

Na prática, turistas que passarem até 24 horas no continente pagarão 5 UFIR-RJ (R$ 23,75), acrescidos de 0,5 UFIR-RJ (R$ 2,35) por dia adicional. Já nas ilhas, a taxa inicial será de 10 UFIR-RJ (R$ 47,50) para estadias de até 24 horas, com acréscimo diário também de 0,5 UFIR-RJ.

Estão isentos da cobrança moradores de Angra, crianças de até 12 anos, idosos a partir de 60, pessoas com deficiência, prestadores de serviços locais, servidores públicos em atividade no município e trabalhadores com vínculo formal na cidade. Com a mudança, a taxa de embarque atualmente cobrada nos cais públicos será extinta.

Entre os benefícios esperados, o Executivo destaca maior investimento em obras de infraestrutura, reforço na segurança com novos agentes, combate à informalidade e uso de dados em tempo real sobre fluxo de visitantes.

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Lívia Nascimento

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