Sul Fluminense lidera mortes em rodovias federais

O Sul Fluminense registrou números preocupantes de mortes em rodovias federais no primeiro semestre de 2025, apesar da queda geral de 5,4% nos óbitos em todo o estado do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Angra dos Reis liderou o ranking estadual com 211 mortes, seguida pelo Rio de Janeiro (210) e por cidades da região: Barra Mansa (70), Piraí (60), Volta Redonda (57) e Paraty (55). Ao todo, ocorreram 158 mortes no estado, em 3.065 acidentes que deixaram 3.717 feridos.

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As rodovias BR-393, BR-116 e BR-101, que cortam o Sul Fluminense, concentraram parte expressiva das ocorrências. A BR-393, por exemplo, atravessa cidades como Barra Mansa, Volta Redonda e Três Rios, sendo uma das rodovias com maior número de acidentes (169). Colisões traseiras foram os acidentes mais comuns, seguidas por colisões laterais e quedas de ocupantes.

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A ausência ou lentidão nas reações dos motoristas foi apontada como a principal causa dos acidentes. Chamou a atenção o fato de que 67,5% das ocorrências aconteceram em trechos retos e sob condições climáticas favoráveis, contrariando a percepção comum sobre curvas perigosas e pistas escorregadias.

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A PRF reforçou as ações educativas e de fiscalização no Sul Fluminense, com campanhas realizadas pelo GETRAN-RJ em pontos críticos. As orientações incluem evitar o uso do celular ao volante, respeitar a sinalização e não dirigir sob efeito de álcool. O objetivo é reduzir os acidentes e preservar vidas nas rodovias federais da região.

 

Nova presidente

A ex-vereadora Fernanda Carreiro foi eleita presidente do diretório municipal do PT em Barra Mansa, encerrando mais de 20 anos de liderança do grupo da ex-deputada Inês Pandeló. A eleição ocorreu no domingo (6), na sede do partido, e contou com três chapas. A chapa “União e Reconstrução”, liderada por Fernanda, venceu com 316 votos. Ela afirmou que pretende fortalecer o partido, combater a extrema direita e planejar as eleições de 2026 e 2028. A nova gestão também busca recuperar a presença do PT na Câmara Municipal.

 

Agentes de segurança

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) promulgou a Lei 10.850/2025, que cria o Programa Prajás, garantindo assistência jurídica gratuita a agentes de segurança pública do estado. A medida vale para policiais civis, militares e penais, bombeiros militares e agentes socioeducativos, quando os processos estiverem relacionados ao exercício da função. A legislação foi proposta pela deputada Índia Armelau (PL) e teve coautoria de outros parlamentares. O programa cobre processos administrativos, disciplinares e judiciais. A lei foi promulgada após a derrubada de veto do governador Cláudio Castro (PL).

 

IML

A Comissão de Previdência da Câmara aprovou nesta terça-feira (8) projeto que obriga os IMLs a terem salas específicas para crianças e adolescentes vítimas de violência. A medida foi incluída na Lei 13.431/17 e visa garantir privacidade e proteção durante exames e perícias. O objetivo é evitar que menores tenham contato com criminosos ou situações traumáticas nos institutos. A proposta prevê ambiente acolhedor e aplicação de protocolos semelhantes aos do depoimento especial. O texto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para o Senado.

 

Oncologia

O deputado estadual Jari Oliveira (PSB) cobrou do Governo do Estado do Rio o repasse de recursos do Programa Estadual de Oncologia para Volta Redonda e Barra Mansa. Segundo ele, a falta de verba ameaça a continuidade dos atendimentos no Hospital da Fundação Oswaldo Aranha e no Oncobarra, que atendem pacientes de toda a região. O débito, de acordo com o parlamentar, ultrapassa R$ 6 milhões. Jari enviou ofício à Secretaria de Saúde solicitando esclarecimentos e a regularização imediata dos pagamentos.

 

Bloqueio

A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou o projeto de lei que torna obrigatório o bloqueio do Imei de celulares furtados, roubados ou extraviados assim que for registrado boletim de ocorrência. A proposta, de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), estabelece que a polícia informe a Anatel, impedindo o uso e a revenda do aparelho. A medida será incluída na Lei Geral de Telecomunicações e complementa o programa Celular Seguro, lançado em 2023. Com a mudança, o cidadão poderá bloquear o celular tanto pelo aplicativo quanto pela polícia. O projeto segue para análise final na Comissão de Comunicação e Direito Digital.

 

Cassinos

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a inclusão do projeto que legaliza jogos de azar (PL 2.234/2022) na pauta do Senado antes do recesso parlamentar. Ele defendeu mais debate sobre o tema e alertou para o risco de envolvimento do crime organizado, citando o impacto negativo das apostas na população endividada. Girão lembrou que ministérios e órgãos como a PF e a PGR se manifestaram contra a proposta. O projeto prevê a liberação de 700 bingos e 67 cassinos no país. Segundo o senador, a medida pode prejudicar famílias de baixa renda.

 

Ricos

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou que o Congresso favoreça os ricos e criticou a “polarização social” em meio à discussão sobre o aumento do IOF. Ele defendeu o direito do Legislativo de discordar de medidas do governo e afirmou que a rejeição ao imposto visa proteger a população e o setor produtivo. Motta disse que o Congresso vai buscar outras soluções fiscais e manterá o debate sobre justiça tributária, como a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Sobre a CPMI do INSS, defendeu equilíbrio na escolha do relator.

 

Sem redução

A nova Lei 15.160/25 elimina a redução de pena e de prescrição para crimes de violência sexual contra mulheres, mesmo quando o agressor tiver menos de 21 anos ou mais de 70 anos. A norma altera o Código Penal e foi sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin. Antes, essas faixas etárias eram consideradas atenuantes para qualquer crime, reduzindo as penas e os prazos de prescrição. A mudança vale exclusivamente para crimes de violência sexual contra mulheres. A lei tem origem em projeto da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

 

Fies

Nesta terça-feira (8), estudantes pediram o fim do teto do Fies e mais fiscalização das faculdades privadas em audiência na Câmara, citando o alto endividamento e evasão no ensino superior. O governo afirmou que busca solução imediata para o teto, mas defendeu mudanças na lei para resgatar o caráter social do programa. Alunos relataram dificuldades em arcar com mensalidades elevadas, especialmente em cursos como Medicina. Parlamentares e representantes do MEC criticaram alterações no Fies feitas em 2017, que reduziram a cobertura do financiamento. A UNE cobrou mais transparência das instituições privadas e controle sobre reajustes abusivos.

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Agatha Amorim

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