Seminário fortalece ancestralidade da literatura negra, em Mangaratiba

Evento já passou por várias cidades, como Volta Redonda e Cabo Frio (Foto: Arquivo)
Mangaratiba – O município de Mangaratiba recebe, na próxima segunda-feira (15), a nova edição do seminário “Encontro Marcado: Raízes da Literatura Negra Brasileira”, iniciativa gratuita que promove reflexões sobre ancestralidade, resistência e identidade através da literatura. O encontro será realizado no Colégio Estadual João Paulo II, na Praia do Saco, das 9h às 12h.
Os participantes terão direito a um certificado de participação. As inscrições pode ser feitas através do link: https://forms.gle/Y4J1FG46E81pPqTo8
Idealizado pela Art Cult com apoio do Ministério da Cultura, por emenda parlamentar do Deputado Federal Eduardo Bandeira de Mello, o projeto tem caráter itinerante e já passou por cidades como Volta Redonda, Campos dos Goytacazes e Cabo Frio. A iniciativa conta também com o apoio da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (ACQUILERJ), pois fortalece a conexão entre literatura, território e memória. A próxima edição acontece no Rio de Janeiro, em 6 de outubro.
Entre os palestrantes confirmados para esta edição estão Sílvio dos Santos Soares, presidente da Associação que representa as comunidades quilombolas Santa Justina e Santa Isabel. Funcionário público municipal há 36 anos e ex-professor de Literatura, ele combina a trajetória acadêmica com a vivência quilombola, trazendo ao debate uma perspectiva única que une teoria e prática social. O seminário contará ainda com a presença de Marcelo dos Santos (UERJ/UNIRIO), especialista em literatura brasileira e projetos de remição de pena pela leitura, e Miriam Bondim, licenciada em História, pós-graduada em Arqueologia e pesquisadora dedicada à história regional.
Durante o evento, serão exibidos dois vídeos-trailers que servirão como ponto de partida para o debate das obras “O Alienista”, de Machado de Assis, e “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto. A programação inclui ainda leitura de trechos e diálogos com o público.
Foram convidadas as comunidades quilombolas de Santa Rita do Bracuí II (Angra dos Reis); Fazenda Santa Justina e Santa Isabel, Ilha de Marambaia, remanescente da Ilha de Marambaia (Mangaratiba); e Cabral, Campinho da Independência, Guiti e Santana (Paraty). A presença ativa desses grupos garante que o evento seja também um espaço de escuta e valorização da oralidade e das memórias coletivas.
“A literatura negra é uma chave para a memória e para a resistência. Em Mangaratiba, o encontro ganha ainda mais força porque se realiza em diálogo direto com comunidades quilombolas que preservam tradições e lutam por reconhecimento”, afirma Evandro Tavares, presidente da Art Cult.
arthur
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