Reforma tributária e falta de mão de obra dominam abertura do Construa 2025
Volta Redonda – O Construa Sul Fluminense 2025 abriu sua segunda edição nesta terça-feira (25), com uma agenda robusta voltada à transformação econômica do setor da construção civil. O evento reuniu autoridades, empresários e lideranças regionais no auditório do Vivace Eventos, em Volta Redonda. A abertura do fórum reforçou a importância estratégica da construção civil para a recuperação econômica, geração de empregos, inovação industrial e adequação às novas regras tributárias que entram em vigor a partir de 2026.
A cerimônia inicial contou com a presença do prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto; do presidente executivo da CBIC, Fernando Guedes; do presidente da FIRJAN, Luiz Césio Caetano; e do presidente regional da FIRJAN Sul Fluminense, Henrique Nora Júnior. A presença conjunta dos quatro reforçou a conexão entre poder público, indústria e instituições que conduzem o desenvolvimento regional.
Neto destacou o potencial do Construa para impulsionar a economia local, fortalecendo cadeias produtivas e aproximando empresas de inovação. “Eventos como este movem conhecimento e criam condições reais para o crescimento. A construção civil é uma das forças que sustentam emprego, renda e competitividade na nossa região”, afirmou o prefeito.
Construção civil é responsável pela força da economia
O presidente da FIRJAN, Luiz Césio Caetano, destacou que o fórum se consolida como um espaço permanente de debate sobre gargalos e soluções estruturais. Ele ressaltou que a construção civil é responsável por um dos maiores impactos multiplicadores da economia e que a FIRJAN continuará ampliando seu papel de indução de desenvolvimento industrial no estado.
Henrique Nora Júnior reforçou a importância de se fortalecer a indústria regional diante das novas demandas tecnológicas e da necessidade de modernização do setor. Segundo ele, a construção vive um período que exige qualificação profissional, reorganização de processos e maior integração entre universidade, empresas e entidades.
Ainda na abertura, Fernando Guedes, presidente executivo da CBIC, apresentou uma análise profunda sobre a reforma tributária, tema considerado decisivo para o futuro da construção civil. Ele explicou como as mudanças afetarão o fluxo operacional das empresas, alertou para o período de transição até 2026 e reforçou que o sucesso do setor dependerá da capacidade de adaptação. “A reforma está aprovada, mas sua aplicação exigirá precisão técnica e tomada de decisão estratégica. 2026 será o ano de teste para as empresas”, afirmou.

Mulheres representam apenas 11% da força de trabalho da construção
Após a abertura oficial, os painéis ampliaram os debates econômicos e estruturais do setor. Elissandra Candido (SINDUSCON-SF), Ana Paula Gonçalves (CSN) e Ana Cláudia Gomes (CBIC) destacaram a urgência de modernização e os desafios de mão de obra, revelando que 70% das empresas do setor enfrentam dificuldade para contratar profissionais qualificados. A diversidade também surgiu como desafio e oportunidade: mulheres representam apenas 11% da força de trabalho da construção.
A CSN apresentou iniciativas de capacitação e inclusão que estão ajudando a modernizar o setor e fortalecer ambientes produtivos. Já no painel técnico, o especialista Fernando Guedes aprofundou pontos da reforma tributária. Em seguida, o engenheiro Joalcir Souto Maia apresentou avanços tecnológicos como a transição da argamassa estabilizada para a hidratação controlada — processo que aumenta a produtividade e reduz desperdícios.
Encerrando o dia, a CEO da GESSTRA, Patrícia Magali, explicou as novas regras da NR1 e os impactos imediatos na rotina das empresas, destacando que segurança e conformidade regulatória se tornaram parte fundamental da competitividade.
Ao final, a abertura do Construa Sul Fluminense 2025 reafirmou o fórum como um dos principais espaços de construção de estratégias econômicas no estado. A presença das maiores lideranças regionais e nacionais mostrou que o setor da construção civil será protagonista nas transformações que ocorrerão a partir de 2026 — em tecnologia, produtividade, tributação e impacto social.
Vinicius
Reforma tributária e falta de mão de obra dominam abertura do Construa 2025



