Operação mira esquema de fraude em contas vinculadas à Caixa Econômica


A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (10), uma operação contra um esquema de fraude em contas vinculadas à Caixa Econômica Federal. De acordo com investigações, a quadrilha troca chips de cartões para acessar o dinheiro das vítimas. Um dos suspeitos é funcionário da empresa.

Agentes foram às ruas para cumprir seis mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Senador Camará, Realengo, e em uma agência em Deodoro, todos na Zona Oeste. O último ocorre com apoio da Centralizadora Regional de Segurança (CISEPSP) da empresa.

Na residência de um dos suspeitos, dezenas de cartões e documentos de identidade em nome de terceiros foram apreendidos.

As investigações começaram a partir de um relatório técnico da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (Cefra) da Caixa. A PF apurou que os alvos se passam pelos verdadeiros titulares das contas na tentativa de desbloqueio dos cartões em busca de movimentar o dinheiro. Um funcionário da empresa é suspeito de facilitar a prática criminosa.

Segundo a corporação, alguns clientes relataram que não receberam cartões solicitados ou que receberam com o plástico apresentando indícios de adulteração mediante troca do chip, sendo o original utilizado para movimentações não reconhecidas.

Em alguns casos, também foram identificados cadastros de biometria digital para saques, sem o reconhecimento dos titulares das contas.

Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de furto mediante fraude e organização criminosa.

A Operação Zelig leva esse nome inspirada no filme homônimo, que retrata a história de um homem dotado com a habilidade de se transformar física e psicologicamente para se adaptar ao ambiente e às pessoas ao seu redor. O personagem é descrito como um “camaleão humano”, devido à sua capacidade de alterar sua aparência e personalidade para se encaixar em qualquer situação social.

O que diz a empresa?

Procurada, a Caixa informou que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes. As informações sobre casos suspeitos são repassadas à PF e para demais autoridades competentes, para análise e investigação.

Segundo a empresa, há um aperfeiçoamento contínuo do critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas.

A Caixa ressalta ainda que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.

A instituição também esclarece que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento.

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André Aquino

Operação mira esquema de fraude em contas vinculadas à Caixa Econômica