Odontologia e Saúde Pública: Integração que fortalece o SUS no Brasil

A relação entre odontologia e saúde pública vai além do consultório e dos centros especializados. Cada vez mais, especialistas e gestores têm reconhecido que a saúde bucal não é um campo isolado, mas sim parte fundamental da saúde integral do indivíduo e da qualidade de vida coletiva.

O que antes era tratado de forma compartimentalizada nos sistemas públicos de saúde, hoje começa a ser visto por meio de uma abordagem interligada, em que a prevenção e o cuidado contínuo são prioridades.

Doenças periodontais, por exemplo, estão associadas a condições crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e até complicações gestacionais, segundo relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023). Essas evidências reforçam o papel estratégico da odontologia dentro das políticas públicas de promoção da saúde — não apenas como especialidade estética ou funcional, mas como componente essencial da vigilância sanitária e do cuidado primário.

Dra. Louise Souza Coelho (Foto: Divulgação)

No Brasil, esse entendimento vem se fortalecendo por meio de políticas como o programa Brasil Sorridente, criado em 2004 e fortalecido ao longo dos anos. A iniciativa levou atendimentos odontológicos a todas as regiões do país por meio da Estratégia Saúde da Família, ampliando a presença de dentistas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e possibilitando o atendimento preventivo e restaurador de forma contínua. Em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 100 milhões de brasileiros foram beneficiados por ações de saúde bucal ligadas à atenção primária.

Entre os profissionais que vêm ganhando destaque nacional por integrar a odontologia ao campo da saúde coletiva está a Dra. Louise Souza Coelho, dentista formada pela Universidade Vila Velha, especialista em Implantodontia e em Saúde da Família.

Reconhecida por sua atuação tanto na prática clínica quanto em frentes interdisciplinares no setor público, a Dra. Louise vem promovendo uma odontologia voltada não apenas à reabilitação oral, mas à prevenção, proteção e ampliação do acesso aos serviços.

“A odontologia pública moderna precisa ser resolutiva, mas também estratégica. Não se trata apenas de restaurar dentes, mas de pensar o sorriso como parte da dignidade, da saúde mental e da inclusão social do paciente”, afirma a Dra. Louise.

Em sua trajetória, a dentista integrou equipes interdisciplinares em regiões de vulnerabilidade social, contribuindo para ações conjuntas com médicos, enfermeiros, nutricionistas e agentes comunitários de saúde.

“É essencial compreender que, por trás da queixa odontológica, existe uma rede de fatores sociais, econômicos e até emocionais. A escuta qualificada e o trabalho conjunto com outras especialidades aumentam muito a eficácia da atenção primária”, complementa.

Estudos publicados na Revista de Saúde Pública da USP (Ferreira et al., 2022) demonstram que municípios com maior integração entre odontologia e programas de saúde da família apresentam melhores indicadores de saúde geral, como menores taxas de internação por causas evitáveis e melhor controle de doenças crônicas não transmissíveis.

Além da atuação em UBS e frentes de prevenção, a Dra. Louise também participa da capacitação de profissionais e da formulação de protocolos clínicos adaptados à realidade local. Em suas palavras: “A política pública só se sustenta se for construída junto a quem está no território. O papel do dentista é, cada vez mais, ser um articulador entre ciência, gestão e população.”

Com a crescente valorização da saúde integrada e da atenção primária como base dos sistemas sustentáveis, o diálogo entre odontologia e saúde pública não é apenas possível, mas indispensável. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, profissionais com uma visão ampliada do cuidado — como a Dra. Louise Souza Coelho — vêm contribuindo de maneira singular para o fortalecimento de uma odontologia acessível, científica e comprometida com o bem comum.

Por Emiliano Macedo | Jornalista

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