Museu Nacional volta a receber visitantes sete anos após incêndio
Pátio da escadaria principal traz, como novidade, o esqueleto de uma baleia cachalote com quase 16 metros de comprimento (Foto -Reprodução)
Rio – Cariocas, fluminenses e turistas poderão voltar a visitar o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a partir desta quarta-feira (02), sete anos após ser destruído por um grande incêndio em setembro de 2018. Após anos de obras de restauração, três espaços do palácio bicentenário serão reabertos para a exposição ‘Entre Gigantes: uma Experiência no Museu Nacional’, que vai até o dia 31 de agosto.
Logo após a entrada, os visitantes poderão reencontrar o meteorito Bendegó, incluído no acervo do museu há 137 anos. O meteorito se tornou um símbolo da resistência da instituição após a tragédia. A sala ao lado foi dedicada à história do museu e à reconstrução do palácio, com divulgação de detalhes da arquitetura do prédio e das obras de restauro, além da exposição de duas esculturas de mármore de Carrara que também resistiram ao fogo.
Já o pátio da escadaria principal traz uma novidade: o esqueleto de uma baleia cachalote com quase 16 metros de comprimento, recém-adquirido pelo museu. Quem visitar a exposição poderá ajudar a escolher o nome para a cachalote, maior esqueleto em exibição na América do Sul.
“A comunidade do museu trabalhou muito ao longo destes anos da reconstrução e tem resistido e se envolvido com a alma pra gente reabrir e continuar as nossas atividades. Pra gente é tudo muito importante, muito simbólico, e muito grande estar passando por este momento agora, porque é a soma de todos os esforços”, destacou a vice-diretora do museu, Andréa Costa.
Reconstrução
A reabertura parcial ocorre paralelamente à continuidade das obras de reconstrução do palácio histórico e da busca por financiamento, com orçamento total de R$ 516,8 milhões. Do total, já foram captados R$ 347,2 milhões com entes públicos e empresas privadas, sendo que a maior quantia – R$ 100 milhões – foi repassada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu na última segunda-feira (30) que o restante da quantia necessária – quase R$170 milhões – será levantado. Ele também confirmou negociações para que a Petrobras faça aportes.
“Em 2023, a gente tinha em torno de R$ 2 milhões previstos do Ministério da Educação para o museu. Nós colocamos, se não me engano, R$ 22 milhões. No ano passado, colocamos R$ 30 milhões. Este ano já estão previstos R$ 17 milhões. Então, nós vamos garantir, não tenho dúvida. É um compromisso do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] garantir todos os recursos necessário e buscar nos parceiros, nos bancos públicos, no BNDES, na Petrobras, a conclusão dessa obra”, complementou Santana.
Até momento, já foram concluídas as restaurações de 75% das fachadas e 80% dos telhados, com a preservação das características originais do palácio, que foi residência da família real brasileira, antes de abrigar o museu. Neste momento, estão sendo feitas a reforma e a ampliação do prédio anexo ao palácio, o reforço estrutural de vãos e a consolidação de alvenarias, além da instalação de sistemas de proteção contra raios e de captação de águas da chuva, entre outros itens.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição à qual o museu é subordinado, Roberto de Andrade Medronho, lembrou que a reabertura do palácio também representa um marco para as atividades de ensino e pesquisa:
“Esse museu é um ícone nacional não só histórico e cultural, mas também científico. Nós formamos aqui pesquisadores para o Brasil inteiro e para o mundo e é uma instituição de reputação internacional.”
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arthur
Museu Nacional volta a receber visitantes sete anos após incêndio