Julio Lopes defende expansão do setor nuclear no Brasil

julio lopes eletronuclear

Foto: Divulgação

País – Durante o Fórum Brasil Export Minas e Energia realizado em Brasília, o presidente da Frente Parlamentar de Energia Nuclear do Congresso, deputado Julio Lopes (PP), garantiu que o combustível nuclear é a base do desenvolvimento da energia no mundo. Ele lembra que o Brasil tem as maiores e melhores universidades, além de ser um dos seis países no mundo com capacidade de enriquecer urânio com tecnologia própria, chegando a 20% do isótopo, o que é muito acima dos 5% necessários para o funcionamento de uma usina nuclear.

“O Brasil possui todo o conhecimento e domínio do ciclo nuclear, desde a exploração até o enriquecimento, é isso precisa ser preservado e desenvolvido. Operamos hoje dois reatores nucleares nas usinas de Angra 1 e Angra 2, localizados em Angra dos Reis, na Costa Verde, e que geram cerca de 2% da energia elétrica de todo o país colaborando na dependência do uso das hidrelétricas”, explicou.

O parlamentar lembrou ainda que um dos maiores impedimentos para o desenvolvimento brasileiro no setor, diz respeito ao licenciamento ambiental que pode demorar de 10 até 15 anos para ser liberado, e afirma ser totalmente
favorável a que se organize o licenciamento brasileiro a partir de critérios objetivos de sustentabilidade.

Empréstimo para Eletrobras irá evitar colapso no sistema de energia do país

Para o deputado e presidente da Frente Parlamentar de Energia Nuclear, Julio Lopes (PP), o pedido de empréstimo de R$1,4 bilhões ao governo feito pela direção da Eletronuclear é fundamental para evitar a paralização operacional da estatal.

“É absolutamente fundamental que o governo conceda esse empréstimo para socorrer a Eletronuclear, que se encontra em uma crise financeira sem precedentes e precisa do recurso para normalizar o funcionamento da empresa e evitar colocar em risco todo o sistema de energia do país”, afirmou.

Ele afirmou ainda que, há muito tempo, a empresa vem sendo prejudicada principalmente pela não continuidade das obras de Angra III.

“São quase mil funcionários concursados que foram contratados para prestarem serviço na operação de Angra III, que ainda não entrou em funcionamento e vem gerando uma despesa excessiva e um ônus enorme, não só de pessoal mas também de encargos. Além disso, a Eletronuclear tem toda uma infraestrutura de manutenção e de preparação para a realização da operação de Angra III que também está comprometendo o funcionamento eficaz da estatal, e esse processo acaba proporcionando grandes prejuízos financeiros que poderiam estar sendo administrados se a obra estivesse sendo tocada com os recursos oriundos de um Project One já estruturado pelo BNDES, onde a energia futura pagaria a obra, da mesma forma como ocorreu em Itaipu. A continuidade das obras de Angra III é de fundamental importância para a segurança energética do país”, finalizou.

alice couto

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