Julho Amarelo: RJ faz campanha contra hepatites em áreas vulneráveis

Estado do Rio – A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), por meio da Gerência Estadual de Hepatites Virais (GEHV), deu início à campanha do Julho Amarelo, voltada para a conscientização e combate às hepatites A, B, C e D. Neste ano, a mobilização tem como foco principal a testagem e vacinação de populações indígenas e quilombolas em quatro municípios fluminenses: Angra dos Reis, Paraty, Areal e Maricá.

As ações acontecem entre os dias 8 e 22 de julho, sempre das 8h às 16h, com atendimento direto nas comunidades. O objetivo é ampliar o diagnóstico precoce e a imunização, principalmente entre os grupos mais vulneráveis.

“O cuidado com as hepatites deve acontecer durante todo o ano, mas a campanha é um alerta sobre as doenças, que podem ser graves, mas têm cura. A vacina está disponível nos postos para a população em geral, mas este ano decidimos realizar ações especiais entre a população mais vulnerável”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Segundo a SES-RJ, as hepatites virais afetam com frequência a população idosa, mas também podem atingir os mais jovens de forma silenciosa. Por isso, é fundamental a realização de testes e o uso de preservativos para evitar as formas B e C da doença, que podem ser transmitidas sexualmente.

“Aqueles que nunca fizeram o teste rápido para hepatite B e C, devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e realizar a testagem. Com o resultado negativo, é fundamental tomar a vacina, que protege contra a hepatite B. Para a hepatite C existe tratamento, que é eficiente em 95% dos casos”, explicou a gerente Estadual de Hepatites Virais, Clarice Gdalevici.

A campanha tem como tema “Vamos juntos eliminar as Hepatites Virais” e integra o Plano Nacional de Imunização. A SES-RJ orientou os 92 municípios do estado a reforçarem a vacinação e testagem da população em geral. Foram distribuídos 50.925 testes rápidos para hepatite B, 60.375 para hepatite C e 86.750 doses da vacina contra hepatite B e C.

Confira a programação das ações:

• 8 de julho – Aldeia indígena Sapukaí (Angra dos Reis)

• 9 de julho – Aldeia Parati-Mirim (Paraty)

• 17 de julho – Quilombo Boa Esperança (Areal)

• 22 de julho – Aldeia indígena Guarani (Maricá)

Durante o pré-natal, a testagem e vacinação contra hepatites virais são obrigatórias e integram o calendário nacional de imunização. No entanto, o imunizante contra hepatite B passou a ser oferecido pelo SUS a partir de 1998, o que torna essencial que pessoas nascidas antes dessa data, e que não tenham certeza se foram vacinadas, realizem o teste e, se necessário, tomem a vacina.

A hepatite é uma doença infecciosa que afeta o fígado, podendo provocar complicações graves se não tratada. As principais formas virais são A, B, C e D — esta última mais comum na região Norte do Brasil. Os sintomas incluem cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoos, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras e pele e olhos amarelados.

As hepatites B e C podem ser transmitidas por relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue ou da mãe para o feto. A hepatite A, por sua vez, é contraída por ingestão de água ou alimentos contaminados. Todos os tratamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Mauricio BAZILIO/SESRJ

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