Guerra comercial: Firjan rebate tarifa e diz que RJ tem muito a perder com EUA
Foto: Paula Johas / Firjan
Luiz Césio Caetano, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
Estado do Rio – A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou forte preocupação com o anúncio do governo dos Estados Unidos, em 9 de julho de 2025, que estabeleceu uma tarifa transversal de 50% sobre importações originadas do Brasil, a partir de 1º de agosto. A medida integra um pacote que sucede a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos dos setores de aço e alumínio, anunciada em março deste ano.
O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ressaltou o histórico de relações econômicas entre os dois países, que são marcadas por parcerias comerciais e industriais importantes. “É com muita preocupação que a Firjan vê o recrudescimento das medidas tarifárias anunciadas pelo governo dos Estados Unidos taxando em 50% todos os produtos importados do nosso país a partir de primeiro de agosto. É importante lembrar que Brasil e Estados Unidos mantém um longo histórico de relações benéficas, inclusive superavitárias para os Estados Unidos”.
No cenário fluminense, Caetano destacou a relevância da relação com os EUA para a economia do estado. “O Rio de Janeiro é segundo player na balança comercial nacional. Os Estados Unidos são nosso principal comprador de bens industriais investindo em importantes setores economia fluminense, como petróleo e gás, bens manufaturados os de alto valor agregado”.
Apesar das negociações em andamento, o presidente da Firjan aponta para a incerteza gerada pela falta de clareza do anúncio, especialmente no que se refere a possíveis exceções tarifárias para setores estratégicos. “Ainda incertezas e falta de clareza diante do anúncio, por exemplo, com relação a possíveis exceções tarifárias em setores estratégicos. Essa imprevisibilidade é péssima para todos os atores econômicos e políticos de ambos os lados”.
Para a Firjan, a solução passa pela intensificação do diálogo diplomático. “A Firjan defende a intensificação do diálogo em diversos patamares para a construção de uma solução. A conversa entre os dois países tem que se manter ao nível construtivo, sem viés ideológico. O que está em jogo é desenvolvimento, o emprego, a inovação, em suma, o futuro da relação estratégica entre Brasil e os Estados Unidos”.
Os Estados Unidos são o principal investidor estrangeiro direto no Brasil e o segundo maior parceiro comercial do país, registrando superávit de US$ 7 bilhões na balança comercial em 2024. No Rio de Janeiro, o país mantém investimentos relevantes em setores como energia, bens manufaturados e produtos de alto valor agregado.
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Mayra Gomes
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