Ex-primeira-dama do Nepal morre em ataque incendiário durante protestos

Internacional – A mulher do ex-primeiro-ministro do Nepal, Jhala Nath Khanal, Rajyalaxmi Chitrakar, morreu após a residência da família ser incendiada por manifestantes em Katmandu. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal local Khabar Hub.

O episódio ocorreu durante uma onda de protestos que se espalhou pelo país, marcada por ataques contra prédios públicos, casas de políticos e sedes partidárias. De acordo com veículos nepaleses, um grupo encurralou Chitrakar dentro do imóvel e ateou fogo ao local.

O ataque aconteceu em Dallu, região nobre da capital. A vítima chegou a ser levada ao Hospital de Queimados, mas não resistiu aos ferimentos.

Outro ex-primeiro-ministro, Sher Bahadur Deuba, e sua mulher, a ministra das Relações Exteriores Arzu Rana Deuba, também foram alvo de violência. Eles foram retirados às pressas de casa após serem espancados por manifestantes, segundo a imprensa local.

As mobilizações, que ganharam força nos últimos dias, têm se convertido em ataques diretos a símbolos do poder político no Nepal. Até o momento não há registros de prisões ou responsabilização pelos ataques. A decisão do governo de proibir o uso de redes sociais teria sido o estopim da crise, que remete a problemas mais estruturais, como corrupção e falta de perspectivas para os jovens.

Sob intensa pressão popular, o atual primeiro-ministro, Khadga Prasad Oli, renunciou nesta terça-feira (9). O governo também voltou atrás e suspendeu a proibição das redes sociais.

Ainda de acordo com veículos locais, manifestantes incendiaram o Parlamento após uma das mais violentas repressões dos últimos anos, que deixou 19 mortos na capital nepalesa.

Entenda sem complicação

Em meio a uma violenta onda de protestos no Nepal, Rajyalaxmi Chitrakar, esposa de um ex-primeiro-ministro, morreu após ser encurralada por manifestantes que incendiaram sua casa em Katmandu. Os atos, que já haviam deixado 19 mortos e resultaram no incêndio do Parlamento, forçaram a renúncia do primeiro-ministro e a revogação da proibição às redes sociais que deu início à crise, impulsionada por denúncias de corrupção e insatisfação popular generalizada.