Ex-funcionários são investigados por excluir plataforma avaliada em R$ 10 mi


A Polícia Civil cumpriu, neste domingo (3), mandados de busca e apreensão em seis endereços ligados a três investigados pela Operação Gênesis. Os alvos são Adriano Alves Passos Junior, Lucas Vital Alves da Silva e Eduardo Junior Dias dos Santos Moreira, ex-funcionários de uma empresa de proteção digital. Na sexta-feira (1), eles teriam excluído propositalmente do sistema da corporação uma plataforma de inteligência artificial, avaliada em R$ 10 milhões, que estava prestes a ser lançada no mercado com potencial de alcançar 20 milhões de usuários.

As investigações apontam que Adriano e Lucas utilizaram os computadores corporativos para apagar do sistema interno informações ligadas ao processo de construção da plataforma, fluxo de dados processados e a lista de tarefas relacionadas ao projeto. Segundo a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Lucas ficou responsável pela exportação não autorizada das senhas do sistema. Em seguida, ele se demitiu e tentou acessar a plataforma para confirmar a eficácia da conduta criminosa.

Eduardo não participou da exclusão da plataforma, mas as investigações apontam que ele participou ativamente da articulação do grupo. Os três são investigados por organização criminosa, concorrência desleal, invasão de dispositivo informático com agravantes e apropriação indébita qualificada.

A Polícia Civil ainda aponta que mensagens trocadas entre os três ex-funcionários mostram que havia um planejamento prévio para excluir a plataforma. Eles debateram se relatariam os fatos à chefia e discutiram planos para atuar em outra empresa, incluindo a abertura de empresas próprias. Dois dos investigados chegaram a criar CNPJs no último mês.

O único membro da equipe que permaneceu na corporação afirmou que  os outros três tentaram convencê-lo a participar do golpe com a promessa de um novo emprego. Para a polícia, isso reforça a migração coletiva com a possível apropriação de ativos e conhecimento da empresa prejudicada.

Os três investigados receberam solicitação para devolver os notebooks corporativos, mas não entregaram o material. Os equipamentos possuem dados sensíveis da empresa, segredos industriais, cópias de códigos e evidências dos crimes. Também há indícios de que os investigados utilizaram seus próprios celulares pessoais para invadir, armazenar e possivelmente compartilhar dados sigilosos.

Durante o cumprimento dos mandados em São João de Meriti, na Baixada, e Méier e Cachambi, na Zona Norte da capital, os policiais da DRCI apreenderam apreenderam os notebooks corporativos e pessoais dos investigados, além dos celulares. Adriano e Lucas foram encaminhados à especializada para prestar esclarecimentos.

The post Ex-funcionários são investigados por excluir plataforma avaliada em R$ 10 mi appeared first on Tribuna Sul Fluminense.

André Aquino

Ex-funcionários são investigados por excluir plataforma avaliada em R$ 10 mi