Desfiles da Sapucaí podem virar patrimônio imaterial do Rio

Rio de Janeiro – Os tradicionais desfiles de Carnaval das escolas de samba na Marquês de Sapucaí podem ser reconhecidos como patrimônio imaterial histórico, cultural, artístico e humanístico do Estado do Rio de Janeiro. A proposta está prevista no Projeto de Lei 5.219/25, de autoria do deputado Vinicius Cozzolino (União), que será votado em primeira discussão nesta quarta-feira (12) pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Caso receba emendas parlamentares, o texto voltará à pauta em outra data.

O parlamentar destaca que o evento é uma das mais expressivas manifestações culturais do Brasil e do mundo, representando não apenas um espetáculo artístico de proporções monumentais, mas também um símbolo da identidade fluminense e da criatividade popular. Desde a inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, em 1984, projetado por Oscar Niemeyer, os desfiles do Grupo Especial se consolidaram como referência mundial de patrimônio cultural.

“Mais do que uma festa, o desfile é expressão da resistência e da valorização da cultura afro-brasileira, da periferia urbana e da ancestralidade de povos que ajudaram a construir a nação. As escolas de samba exercem papel educativo e social em suas comunidades, atuando durante todo o ano como centros de formação cultural e de inclusão social”, afirmou Cozzolino.

Na justificativa do projeto, o deputado ressalta ainda o impacto econômico do evento, que movimenta diversos setores da economia fluminense. Estima-se que o Carnaval do Rio de Janeiro gere milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionando o turismo, a hotelaria, o comércio e os serviços. O impacto financeiro anual ultrapassa R$ 4 bilhões, segundo o parlamentar, consolidando o Carnaval como uma das principais fontes de receita e desenvolvimento urbano da capital.

Agatha Amorim

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