Comandante do 28º BPM promove diálogo sobre segurança com imprensa
Encontro foi coordenado pelo coronel Sardemberg e pelo sargento Welescley (Foto – Evandro Freitas)
Volta Redonda – Em um movimento de aproximação com a sociedade e valorização da transparência institucional, o comandante do 28º Batalhão de Polícia Militar, coronel Moisés Sardemberg, promoveu nessa quarta-feira (25) uma palestra voltada à imprensa local sobre os bastidores da segurança pública. O encontro aconteceu no estande de tiro da unidade e teve como objetivo apresentar a rotina dos policiais militares sob a ótica de quem atua nas ruas diariamente.
A palestra foi conduzida pelo sargento Welescley, especialista em armamento e tiro, instrutor do Centro de Instrução Especializada em Armamento e Tiro (CEIAT) e responsável por capacitar guardas municipais de diversas cidades da região, como Barra Mansa, Volta Redonda, Rio Claro e Pinheiral. Com didatismo e conhecimento técnico, o sargento conduziu a reflexão sobre o papel da Polícia Militar na estrutura jurídica brasileira.
“A imprensa foi criada em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil. A Polícia Militar surgiu um ano depois. Essas duas instituições nasceram praticamente juntas. E digo com convicção: não existe imprensa sem liberdade, e não existe liberdade sem segurança”, afirmou Welescley, ao destacar o vínculo histórico entre o livre exercício do jornalismo e a atuação das forças de segurança.
Durante a palestra, o sargento explicou que a PM está na linha de frente da proteção social e precisa lidar com todo o espectro da vida urbana.
“Nós orientamos uma senhora que está perdida, atendemos uma criança machucada, controlamos o trânsito em um acidente e, no minuto seguinte, podemos ser acionados para intervir em um caso de violência doméstica ou confronto armado. O policial atua no banal e no extraordinário – e isso exige preparo técnico, equilíbrio emocional e um compromisso ético permanente.”
Welescley também abordou um ponto sensível do ofício policial: o enfrentamento do medo.
“A fobia universal é o medo da violência. O instinto natural de qualquer ser humano é fugir do risco. Mas o combatente é treinado para correr na direção contrária. Enquanto todos fogem, ele corre a 100 km/h para dentro do conflito. Essa coragem não é cega – ela é regulada por normas internas, códigos de conduta, protocolos operacionais. Nada é improvisado. Tudo é normatizado.”
Ao final da palestra, os jornalistas participaram de uma simulação de abordagem e resposta a situações críticas, utilizando armas de airsoft no estande de tiro da corporação. A vivência prática teve o objetivo de aproximar os profissionais da comunicação da realidade enfrentada pelos PMs.
“É essencial que a sociedade compreenda que o policial militar é, muitas vezes, o único elo entre o caos e a ordem. Ele é o primeiro a chegar e o último a sair. Nosso objetivo é garantir que essa atuação seja cada vez mais técnica, responsável e próxima da população”, afirmou o coronel Moisés Sardemberg. “Queremos que a imprensa, que é parceira na construção da verdade, veja o que está por trás do uniforme: um ser humano que escolheu proteger outros seres humanos.”
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arthur
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