Cidadania se afasta de Federação com o PSB

A decisão de não seguir com as negociações para a criação de uma federação dos partidos PSB e Cidadania, adotada pela Executiva Nacional do Cidadania, na pessoa do atual presidente Comte Bittencourt, no mês de novembro, foi avaliada de maneira indiferente por dois políticos da legenda socialista em Volta Redonda.

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A vereadora Klingler afirmou que as negociações estão a cargo do Diretório Nacional do PSB, sob liderança do presidente João Campos. “Tenho certeza que nossa Direção saberá conduzir da melhor forma. Respondo ao meu partido e sigo os princípios e diretrizes da nossa legenda, que tem uma trajetória consolidada, posição clara no campo progressista e participação central no Governo Federal ao lado do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin”, ressaltou a parlamentar.

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O deputado Jari Oliveira, por sua vez, preferiu não avaliar a questão numa ótica pessoal, mas foi claro em seu comentário. “Essa é uma negociação que está sendo conduzida pelo Diretório Nacional do PSB, e sob a liderança do nosso presidente João Campos. Tenho certeza que a melhor decisão para a legenda será adotada”, sentenciou o deputado.

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Um dos entraves é que o Cidadania ainda mantém uma federação vigente com o PSDB até abril de 2026, conforme exigência legal. A nova federação com o PSB só poderá ser efetivada após esse prazo. A outra, é uma disputa interna pela liderança nacional do Cidadania, entre Comte e o ex-presidente da legenda, Roberto Freire. Freire tenta reassumir a presidência do partido.

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A decisão pelo fim das tratativas entre as legendas mira conter uma suposta crise no Cidadania, que se intensificou desde março, quando a sigla rompeu a federação com o PSDB — homologada ainda sob a gestão de Freire. Desde então, o partido sofreu um “racha”, uma vez que uma parte dos dirigentes defendia manter a aliança com os tucanos.

Combustíveis I

O custo para abastecer um veículo com gasolina atingiu sua menor proporção na renda familiar em oito anos, segundo o Indicador de Poder de Compra do Monitor de Preço de Combustível, produzido pela Veloe, que é hub de mobilidade e gestão de frota, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

 

Combustíveis II

No terceiro trimestre de 2025, o gasto com o combustível comprometeu 5,9% da renda média domiciliar nacional — o menor percentual para o período desde 2017, quando foi de 5,7%. Nas capitais, o índice ficou em 4,0%, também o melhor resultado desde 2018 (3,9%), reforçando a recuperação do poder de compra das famílias.

Combustíveis III

O impacto do abastecimento no Sudeste (5,0%) apresenta menor comprometimento relativo de renda. A análise considera o percentual necessário para encher um tanque de 55 litros com gasolina comum, cruzando os dados de renda da Pnad Contínua (IBGE) com os preços monitorados mensalmente.

 

Combustíveis IV

Em novembro, a gasolina comum, com preço médio nacional de R$ 6,263, registrou queda de 0,5% em comparação a outubro. Mesmo assim, acumula alta de 0,8% no ano e de 1,4% em 12 meses. As principais baixas foram registradas no Sudeste (R$ 6,136), onde houve retração de 1,1%. O etanol hidratado subiu 0,3% no mês, atingindo R$ 4,374. O combustível acumula altas de 5,0% no ano e de 6,5% em 12 meses. A região Sudeste apresentou o menor preços (R$ 4,256). O diesel S-10 avançou 0,2% em novembro, alcançando R$ 6,169, mas ainda apresenta retração de 0,7% no acumulado do ano.

Combustíveis V

O estudo também atualiza o Indicador de Custo-Benefício Flex, que compara os preços do etanol e da gasolina para orientar consumidores de veículos flex. Em novembro, o etanol correspondeu a 72,6% do preço, o que mantém a gasolina como a opção mais vantajosa na maior parte do país.

 

Dentro e Fora I

Na última reunião de 2025, a CPMI do INSS aprovou na quinta-feira (4) a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Mas foram rejeitados os requerimentos para convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do advogado-geral da União, Jorge Messias, que teve o nome recém-indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Dentro e Fora II

Segundo a Agência Senado, o colegiado também não acatou os requerimentos para a oitiva de representantes de instituições financeiras como os bancos Santander e C6 e a Crefisa.

Em uma longa reunião para análise de 181 requerimentos, senadores e deputados do governo e da oposição dividiram-se na maior parte das solicitações, com alegações e acusações de ambos os lados de interesses políticos nas pautas em deliberação, como no caso do governador Romeu Zema.

 

Lulinha

Por 19 votos contrários a 12 a favor, foi rejeitada a convocação do Fábio Luís Lula da Silva (conhecido como Lulinha), requerida pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Parlamentares da oposição afirmaram que em depoimento à Polícia Federal, Edson Claro, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, teria dito que o filho do presidente Lula estaria recebendo uma mesada de R$ 300 mil de Antunes.

Líder do governo, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) desafiou os demais parlamentares a apresentar provas contra Fábio Lula. Segundo o parlamentar, não há nenhuma relação entre a CPMI e o filho do presidente Lula.

 

Decisões I

Foram retirados da pauta da CPMI do INSS os requerimentos para a convocação do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel. De acordo com o governo, ele irá ao colegiado após o recesso de fim de ano.

Os parlamentares aprovaram diversas quebras dos sigilos bancário, fiscal e telemático e envio de RIFs pelo Coaf, mas foram rejeitados todos os pedidos referentes ao ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi.

 

Decisões II

Também não foi acatada a convocação e quebra de sigilos de Danielle Miranda Fonteles, responsável pela Pepper Comunicação Interativa, que teria recebido repasses do “Careca do INSS”. Após a reunião, Viana informou em entrevista à imprensa que já está buscando assinaturas para estender o prazo da CPMI, que atualmente tem como data final 28 de março de 2026.

Agatha Amorim

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