Acidentes em rodovias caem, mas Angra, Rio e Barra Mansa lideram mortes

Estado do Rio – No primeiro semestre de 2025, as rodovias federais que cortam o estado do Rio de Janeiro registraram queda de 5,4% no número de mortes em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre 1º de janeiro e 30 de junho foram 158 óbitos, contra 167 em 2024. No mesmo intervalo, ocorreram 3.065 acidentes, com 3.717 feridos.

Apesar da redução geral, alguns municípios registraram números elevados de mortes em acidentes, com Angra dos Reis liderando a lista (211 óbitos), seguida por Rio de Janeiro (210), Barra Mansa (70), Piraí (60), Volta Redonda (57) e Paraty (55).

Segundo a PRF, colisões traseiras foram os acidentes mais frequentes, com 691 registros (22,5%), seguidos por colisões laterais (12,4%), quedas de ocupantes de veículos (10,2%) e colisões transversais (9,9%). A principal causa apontada foi a ausência de reação do condutor (16,7%), além de reações tardias ou ineficientes (16%).

Chama a atenção o fato de que 67,5% dos acidentes aconteceram em retas, contrariando a ideia de que trechos sinuosos seriam mais perigosos. Além disso, 86% ocorreram com pista seca, e 67,2% sob céu claro — fatores que indicam que a maioria dos acidentes poderia ser evitada com mais atenção dos motoristas.

A PRF destacou ainda que a BR-101 concentrou o maior número de acidentes (1.138), seguida pela BR-116 (858), BR-040 (488), BR-493 (186) e BR-393 (169) — esta última com forte presença nos trechos que cruzam o Sul Fluminense.

A corporação intensificou as ações de educação e fiscalização, com atuação do GETRAN-RJ (Grupo de Educação para o Trânsito), que realiza campanhas em pontos críticos das rodovias. O foco está no incentivo à condução responsável, como respeito à sinalização, velocidade permitida e, sobretudo, à atenção contínua ao volante.

A PRF reforça que atitudes simples, como não usar o celular durante a condução, evitar ultrapassagens indevidas e não dirigir sob efeito de álcool, ainda são as medidas mais eficazes para reduzir acidentes e preservar vidas nas rodovias federais do estado.

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