Fumo causa 174 mil mortes por ano no Brasil e gera custo de R$ 153 bi ao SUS

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País – O Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado nesta sexta-feira (29) e busca reforçar a conscientização sobre os malefícios do tabagismo e os benefícios de abandonar o vício.

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde divulgou que, pela primeira vez desde 2007, o Brasil registrou aumento significativo no número de fumantes, com crescimento de 25% entre 2023 e 2024. O tabagismo gera um custo anual de R$ 153 bilhões ao SUS, enquanto os impostos arrecadados com cigarros representam apenas 5% desse valor. No Brasil, o tabaco é responsável por mais de 174 mil mortes ao ano, sendo 55 mil por câncer. Mundialmente, a OMS estima 8 milhões de mortes anuais ligadas ao fumo.

A enfermeira Alessandra Clume Ferreira, professora de Enfermagem da Estácio Resende, lembra que a dependência da nicotina é poderosa e que a indústria do tabaco investe constantemente para manter seu mercado. Ela destaca que o Ministério da Saúde, por meio do Inca, oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com acompanhamento profissional e medicamentos quando necessário.

“O processo envolve preparo, enfrentamento da abstinência e manutenção da decisão. O primeiro passo é acreditar que é possível. Depois, planejar: escolher uma data, identificar momentos de maior vontade de fumar e substituí-los por hábitos saudáveis”, explica Alessandra.

Entre as orientações estão, estabelecer uma data para parar;planejar estratégias para lidar com a abstinência; valorizar cada conquista diária e procurar apoio profissional em caso de recaída.

O tratamento do SUS inclui grupos de apoio, materiais educativos e, quando indicado, medicamentos gratuitos.

Sachês de nicotina preocupam especialistas

Além do cigarro tradicional, cresce o uso de sachês de nicotina, especialmente entre jovens. Uma revisão internacional revelou que o produto, mesmo sem tabaco, pode causar lesões orais, inflamações gengivais e risco de dependência.

A cirurgiã-dentista Rafaela Baesso, professora da Estácio, alerta que, embora vendidos como “mais seguros”, os sachês também apresentam riscos. “O uso contínuo pode provocar inflamação, retração gengival e potencial carcinogênico. A população precisa ser alertada, principalmente os jovens”.

Pesquisas recentes identificaram lesões variando de enrugamentos a placas brancas em usuários frequentes, além de sintomas como boca seca, dor e bolhas gengivais.

No Brasil, esses produtos não têm regulamentação e muitos entram sem registro sanitário, reforçando a falsa impressão de segurança.

Serviço

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde. Em Resende, a Estácio oferece atendimento psicoterapêutico gratuito pelo SPA (Serviço de Psicologia Aplicada).
Contatos: (24) 99841-5447 (WhatsApp) / (24) 3383-4615.

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