Grupo atacadista é alvo de operação por sonegação milionária

Estado do Rio – O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Sonegação Fiscal (GAESF/MPRJ) e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), cumpre, nesta terça-feira (20), 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma empresa do setor atacadista.

Os alvos são investigados e denunciados pela sonegação de mais de R$ 300 milhões em ICMS, além da prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública.

A Operação Finito II é realizada simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Os mandados são cumpridos em residências de auditores fiscais da Receita Estadual, escritórios de contabilidade, empresas e imóveis ligados ao grupo atacadista investigado.

Durante as diligências, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, celulares, documentos e quantias em moeda nacional e estrangeira sem origem comprovada. Também foram encontradas 100 munições de calibre 9mm e 98 de calibre .38. O material foi encaminhado à Delegacia de Polícia para lavratura do flagrante. Outras atualizações sobre a operação serão divulgadas ao longo do dia.

No estado do Rio, a operação ocorre nos bairros de Botafogo, Flamengo e Leblon, na capital, e nos municípios de Niterói e Rio Bonito. Nos demais estados, a ação conta com apoio do GAECO/MPSP (SP), MPGO e CIRA-GO (GO), CAOET/MPMG e CIRA-MG (MG).

Investigação

A operação decorre de denúncia apresentada pelo GAESF/MPRJ contra 13 integrantes de um grupo econômico do setor atacadista. Eles respondem por crimes tributários, organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva envolvendo um auditor fiscal.

Além dos mandados de busca e apreensão, o Juízo Criminal autorizou o sequestro e bloqueio de bens no valor equivalente ao prejuízo tributário e outras medidas cautelares para impedir a continuidade das práticas ilícitas.

As investigações começaram a partir de representações fiscais para fins penais encaminhadas pela Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ) ao MPRJ. Na primeira fase da operação, foram identificados indícios da atuação de uma organização criminosa voltada à fraude no sistema tributário estadual.

Segundo o GAESF/MPRJ, o grupo utilizava empresas de fachada e emitia notas fiscais falsas para evitar o pagamento de ICMS, gerando um prejuízo de mais de R$ 300 milhões aos cofres públicos. Também foram identificadas estratégias de ocultação de patrimônio por meio de “laranjas”, contratos fictícios de locação e movimentações financeiras via cheques emitidos por empresas de fachada. Com informações do MPRJ.

 

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Mayra Gomes

Grupo atacadista é alvo de operação por sonegação milionária