CSN inicia novo ciclo de capacitação do Programa Capacitar

Foto – Divulgação

Volta Redonda – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em parceria com a Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC), deu início nesta sexta-feira (5) a uma nova etapa do Programa Capacitar, voltado à formação de mulheres para atuação no setor industrial. A iniciativa recebeu cerca de 9 mil inscrições e selecionou 75 participantes para esta edição.

Com duração aproximada de um mês, o curso será realizado em formato híbrido, combinando aulas teóricas e práticas nas instalações da empresa. Após essa fase inicial, as alunas participarão de um período de vivência no ambiente corporativo, passando por rodízio em áreas administrativas e operacionais.

O objetivo é promover a qualificação técnica e ampliar a presença feminina em funções historicamente ocupadas por homens, como operação de ponte rolante, manutenção mecânica e elétrica. Segundo Carla Lages, coordenadora de Recursos Humanos da CSN e do projeto, em até seis meses as participantes poderão ser promovidas a cargos técnicos de maior responsabilidade. “Quem se forma em ponte rolante, por exemplo, pode ser efetivada como operadora. Já na mecânica e elétrica, há possibilidade de progressão de nível”, explica uma das responsáveis pelo Capacitar.

A divulgação nas redes sociais da companhia foi um dos principais meios de alcance do público feminino. Entre as participantes está Letícia, que vê na iniciativa uma oportunidade de transformação profissional. “A empresa nos abriu portas para deixar funções mais tradicionais e entrar na indústria, que sempre foi um sonho para muitas mulheres”, afirma.

A oportunidade também impactou a trajetória de Rosália, outra aluna do programa. “Quero crescer dentro da CSN, contribuir com a equipe e trazer inovação. Meu objetivo é aproveitar cada degrau que a empresa oferecer”, diz.

Além da capacitação, o projeto prevê a contratação imediata das alunas selecionadas, medida que, segundo a empresa, contribui para combater o desemprego entre mulheres da região.

Apesar dos avanços, Letícia reconhece que ainda há desafios. “Muita gente ainda acha que siderurgia é coisa de homem, mas isso está mudando. O maior desafio hoje é conciliar o trabalho com a rotina de casa. Daqui a cinco anos, quero olhar para trás e ver que esse foi só o começo”, diz.

Com previsão de conclusão para o próximo mês, o Programa Capacitar é considerado pela CSN um compromisso com a inclusão e o fortalecimento da representatividade feminina na indústria.

 

Vivian Costa e Silva

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